Bananas

daniel-alves-35245Foto de Misquici

Daniel Alves, lateral do Barcelona e da Seleção Brasileira, fez o que nenhuma notícia, compêndio, artigo, comentário, esperneio, debate ou algo parecido sobre as agressões racistas conseguiram até aqui. No domingo um torcedor do Villareal jogou uma banana que caiu perto do jogador quando este se preparava para cobrar um escanteio. Daniel pegou a fruta, descascou, comeu um pedaço, jogou o resto fora e botou a bola em jogo como se aquilo fosse aquilo mesmo – nada. Perfeito. Engoliu a imbecilidade alheia e o recado que ficou para sempre vai para todos os que tentam atingir o próximo se achando o ó do borogodó por causa da cor da pele, crença ou coisa que o valha: a fruta comida entrou no processo natural do aparelho digestivo do atleta e a parte ruim foi expelida depois, ou seja, a perfeita representação dessa moçada. Aí foi só dar a descarga. (Zé Beto, o desblogado)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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