No dia em que passou na Praça Tiradentes a pintar essa paisagem urbana, parecia estar naquele programa Praça da Alegria. Muitos transeuntes paravam para admirar e dar palpites. Uma senhora, de origem alemã, quase lhe tira o pincel para uma intervenção que lhe parecia mais adequada. Terno, pero sem perder a dureza, o artista a impediu, convidando-a a trazer seu cavalete e fazer ali sua própria obra, à sua imagem e semelhança. Isso é cidade! Lina Faria, que também fez a foto.
Salvador Barbeta foi meu vizinho na Vila Hauer, por muitos anos, década de 1960. Juntos, traduzíamos as letras de “Os The Beatles”, como dizíamos, eu e Manoel Carlos Karam, primeiro para o espanhol, depois para o português. Éramos ouvintes da BBC de Londres, Ritmos del Pop Británico, ondas curtas, em espanhol. Fizemos, inclusive, na época muitas traduções de Roberto Carlos para espanhol. Éramos os ídolos da gurizada, na época. Diferentes. La madre de Barbeta me fez gostar muito de “garbanzo” — grão-de-bico — Luiziño, le gusta garbanzo? Grande Barbeta! Concorda, Reinaldo Godinho?