A única certeza do início da campanha eleitoral no rádio, TV e nos Faces da vida é que o ex-governador Beto Richa vai levar mais cacetada do que professor do Paraná em manifestação do Centro Cívico.
Até o ex-senador Flávio Arns, durante debate na Gazeta, com aquele tom de voz de sacerdote germânico-paroquial, foi no fígado de Beto Richa. Responsabilizou-o pela decadência da educação no Paraná. E Arns foi aliado, vice-governador e… secretário da Educação no primeiro governo Beto.
Os três candidatos ao governo não deixam por menos. O emedebista João Arruda como era de se esperar, diz a verdade como se fosse ofensa, afirmando que seus adversários Cida Borghetti e Carlos Ratinho sempre estiveram “assim ó” com o Beto. E o pior (para Beto) é que os dois aliados no governo se ofenderam e até foram à justiça eleitoral pedir que João Arruda se calasse. A justiça negou o pedido, mas doeu. Ingratidão na veia.
Vice não toma decisões, se desculpam Cida Borghetti e Flávio Arns, para deixar claro que nada têm a ver com os dois governos anteriores. E Carlos Ratinho fez pior: diz que realizou o maior programa de obras nos municípios do Paraná como se a secretaria de Desenvolvimento Urbano fosse um órgão do governo da Finlândia.
Se os aliados se comportam assim, imaginem o que vem por aí a partir de agora. Beto Richa está no mato sem nenhum “bichon frisé” branco, chamado Hugo Henrique, pra espantar as raposas ardilosas da campanha eleitoral.