Bettie Page, pin-up definitiva. © John Razan, no The Big Book of Pussy, da Taschen.
Boceta
da entrada à entranha dessa eterna
morada da morte diária molhada de
mim desde dentro o tempo acaba
entre lábio e lábio de mucosa rósea
que abro e me abraça a cabeça o
tronco o membro acaba o tempo
Arnaldo Antunes
O poema Boceta acima, do músico e poeta Arnaldo Antunes, foi publicado originalmente no caderno “Mais!” da Folha de S.Paulo, em 1997, e depois incluído no livro “2 ou mais corpos no mesmo espaço”, que saiu pela editora Perspectiva, no mesmo ano.