A repercussão de participação de Jair Bolsonaro (PL) em uma reunião da maçonaria continua com força nas redes sociais e cumpre um importante papel, segundo o analista de dados Pedro Barciela: Ocupa o vácuo na linha política dentro do antibolsonarismo. O vídeo que explodiu nas redes ontem, destacado após fake news sobre “satanismo” ser evocado por bolsonaristas, fez os termos “maçonaria” e “maçom” serem citados mais de 1 milhãos de vezes no Twitter, segundo o especialista.
“Ontem, ainda sem influência do tema maçonaria, o campo antibolsonarista registrava um movimento caótico, ainda que concentrado em ataques ao bolsonarismo. O cenário era bem distinto do registrado na véspera do primeiro turno, quando o campo aparecia bastante coeso”, escreveu Barciela.
O tema ainda continua repercutindo. O jornalista Guga Chacra criticou a valorização da presença de Bolsonaro em uma reunião com maçons em detrimento de outros aspectos mais relevantes, com os quais a opinião pública deveria estar mais preocupada. Por exemplo, o desprezo do presidente pela vida das pessoas, seja por meio da má condução da pandemia, que já matou mais de 690 mil pessoas no país. Ou pela simpatia e admiração a líderes que perseguem igrejas, cristãos e mandam matar pessoas.