Bom de cheiro, ruim de gosto

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

CARO, viu essa? O lubrificante de maconha, que aumenta a quantidade, a intensidade e a duração dos orgasmos. Teve reportagem. A da repórter que experimentou, está num jornalão desses de família, agora os jornais trocaram a novena pela transa. A matéria começa assim, “Tirei a calcinha, passei o lubrificante…”  Se fez sozinha ou com amiga ou amigo, nem quis saber, parei a leitura, fico sem jeito com assunto de budoá. Se faz efeito ou se não dá ardume nas pudendas, nem quero saber.

Esse lubrificante lembra o velho desodorante íntimo. Quando surgiu, tempo do perfume Rastro, o Paulinho Bruel, viajadíssimo no sexo, testou e matou o produto: “Bom de cheiro e ruim de gosto”. Hoje Paulinho diria do lubrificante de maconha, “ruim de gosto e péssimo de cheiro”. Maconha nos países baixos pode dar orgasmo, mas também dá larica, os parceiros interrompem o foque foque e assaltam a despensa. A repórter que experimentou, essa então, lambuzou, gozou e comeu por dois. (Saverio Marrone)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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