DOIS DIAS entrincheirado no quarto, numa quarentena dentro da quarentena. Dois dias, o tempo que passou entre o depoimento de Sérgio Moro e a divulgação de seu conteúdo. Um verdadeiro terror, ansiedade levada à enésima prepotência… O Brasil terá sua primeira guerra civil pandêmica? Explico, as outras guerras civis foram endêmicas: Balaiada, Sabinada, Mascates, Farroupilha, Canudos. Esta de agora envolveria todo o país, cada cidadão obrigado a escolher seu lado – Bozo ou Moro, Bozomoros contra Moronaros.
O INSULTO recolheu-se a silêncio obsequioso e temeroso. Acima da idade e do peso, reservista de quinta, o editor sentiu a vida em risco, de morrer de ataque de pânico. Felizmente foi brisa de verão, fogo de palha. Ouvido na PF, o ex-ministro foi categórico: não atribuía qualquer crime ao presidente da República. Se a borboleta provoca o caos em São João do Triunfo ao bater as asas em Bandung, o pernilongo do ministro liberou um flato inaudível, inodoro e inofensivo. Como se diz na Maringá de Moro, muito peido pra pouca bosta. Perdão, bosta nenhuma.