Marafona de estrada

A GENTE sempre soube que o Mito é atrapalhado das ideias. Bolsonaro deixou o covid correr solto e não deu auxílio em dinheiro aos miseráveis. Bastou baixar nas pesquisas para que derrubasse o orçamento com os bilhões que irá despejar nos pobres em ano eleitoral – uma despesa que não irá sequer atenuar o problema, que é centenário e crônico; a despesa que não conseguirá manter no ano que vem, quando supostamente estaria no governo, reeleito com os votos comprados com ilusões.

A dinheirama terá o destino conhecido: 1/3 aos destinatários e o resto pelo caminho, retido na corrupção orgânica. Bolsonaro preferiu gastar os tubos com aumentos aos militares e com o mensalão para o Centrão, batizado de “orçamento secreto”. Resultado: os militares não caíram no golpe do golpe e o Centrão continua a marafona de estrada, que dois quilômetros e 50 pilas adiante embarca em outro caminhão. Bolsonaro ainda elege os picaretas do Centrão e perde a eleição. E os pobres continuam comendo ilusão.

 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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