O Brasil teria evitado pelo menos 5.000 mortes nos últimos meses caso o governo Jair Bolsonaro tivesse aceitado a oferta de vacinas da Pfizer em agosto do ano passado.
É o que aponta cálculo feito a pedido da Folha pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil.
Ele tomou como base as informações prestadas pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Covid nesta quinta-feira (13).
Segundo o representante do laboratório, a Pfizer fez oferta ao Brasil no meio do ano passado que previa o envio de 70 milhões de doses, das quais 4,5 milhões seriam entregues ao país de dezembro a março —1,5 milhão em 2020 e 3 milhões no primeiro trimestre de 2021.