Cabelo

O professor Leary: personagem de Hair.

Hoje acordei nostálgico – coisa rara, pois normalmente procuro o futuro na minha agenda. Explica-se: foi conseqüência de uma inaudita audição da trilha sonora da peça Hair,mega-sucesso dos anos 60. Na verdade, são duas músicas casadas, Aquarius/Let the sunshine in, ambas de James Rado e Gerome Ragni. É claro que não existe novidade no assunto, apenas emoções provocadas por uma releitura daquela que, sem dúvida alguma, é a obra prima da minha geração. (Enquanto ouço, leio no jornal o Lobão confirmando sua mudança para SP, por considerar o Rio o túmulo do rock – parodiando aqueles que diziam que SP era o túmulo do samba.).
Depois de saborear os fortes embalos (fiquei rodopiando no centro do meu estúdio ao balanço de Let the sunshine in) procurei na internet as traduções disponíveis e, pasmem, todas omitem a estrofe que fala de Timothy Leary. Difícil acreditar em censura neste caso, mas que elas existem, existem. A vida está em você e em torno de você, dizia o professor.

Toninho Vaz, de Santa Teresa.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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