Jair Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, nesta sexta (19), após o quarto aumento no preço de combustíveis anunciado pela empresa no ano. No seu lugar, colocou o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que estava em Itaipu.
Bolsonaro se irritou com Castello Branco por conta dos aumentos no diesel e, consequentemente, da insatisfação dos caminhoneiros, que semana sim, semana também, ameaçam fazer greve.
Não dá nem para sentir pena da decepção chorosa de certos representantes do mercado com Jair Bolsonaro.
Apenas quem passou a vida inteira em uma caverna sem wi-fi poderia ter acreditado na conversão liberal do capitão reformado – que começou sua carreira como representante de interesses de soldados, cabos e sargento do Exército e carregou, na maior parte de suas três décadas como parlamentar, um discurso nacionalista e estatista.
Duvido muito que o ministro da Economia, Paulo Guedes, acreditasse nessa conversão. Tampouco naquela história para boi dormir de que ele seria o seu “Posto Ipiranga”. Essa narrativa foi muito útil no período eleitoral para enganar trouxa, depois caiu de maduro – sem venezuelanos trocadilhos.
Leonardo Sakamoto