As eleições municipais e presidencial já mobilizam as chamadas bolhas da política. Na esquerda consolida-se para 2026 a ideia da reeleição do presidente Luiz Inácio da Silva e na direita articula-se a substituição de Jair Bolsonaro, inclusive com testes na apresentação de nomes de possíveis candidatos.
A despeito da preferência do eleitorado por vir a transitar numa avenida central, os políticos apresentados lá pelos idos de 2020, 2021 e início da 2022 como pretendentes a representantes desse contingente até agora não se apresentaram ao jogo. Dão a impressão de que outra vez não se organizam com antecedência por considerarem que continuará a prevalecer a dita polarização.
Onde estão as pessoas que em determinado momento surgiam como possibilidade para o rompimento das bolhas? Cada qual seguiu o respectivo destino, uns mais outros menos visíveis e/ou disponíveis para ocupar o espaço alternativo para a próxima disputa presidencial.
O ex-governador João Doria voltou-se à carreira empresarial e jura que não retorna à política eleitoral; Luciano Huck voltou a se recolher à carreira de apresentador; Luiz Mandetta perdeu a eleição para o senado em Mato Grosso do Sul; Sergio Moro luta para não perder o mandato de senador pelo Paraná.
Rodrigo Pacheco, na presidência do Senado, postula indicação ao Supremo Tribunal Federal, Eduardo Leite está ocupado governando o Rio Grande do Sul, Ciro Gomes anda farto da disputa política, Geraldo Alckmin é vice-presidente e Simone Tebet, ministra. Ambos atados ao governo Lula.
Ao que se vê, ou a terceira via entra logo em campo ou de novo não será viável.