Além de discutir seu livro mais recente, Brandão fala à reportagem — assinada pelo jornalista Rodrigo Casarin — sobre o Brasil e o mundo, sua carreira literária, os livros marcantes e as motivações que o fizeram se dedicar à escrita em um país de pouquíssimos leitores. Casarin, em seu texto, também traz uma série de depoimentos de autores que foram influenciados pela obra do autor de Bebel que a cidade comeu.
Outro autor veterano, o poeta Paulo Henriques Britto, também marca presença na edição. Ele participou da edição de julho do projeto Um Escritor na Biblioteca e falou de, entre outros assuntos, seu processo de escrita e seu mais recente livro, a coletânea de poemas Nenhum mistério.
Na série Os Editores, a entrevistada é Isa Pessoa, que nos anos 1990 atuou como diretora editorial da Objetiva e emplacou diversos livros de nomes importantes da literatura do país na lista dos mais vendidos. Já na segunda edição da coluna Pensata, o tradutor Caetano Galindo analisa o ensaio “E unibus pluram: television and U.S. Fiction”, em que o escritor norte-americano David Foster Wallace critica o uso da ironia na ficção e na publicidade. Em outro texto crítico, o também tradutor e escritor Paulo Polzonoff Jr. reflete sobre o pessimismo na obra de Philip Roth, autor morto este ano e que deixou um vasto legado.
Também em destaque está a programação da 2ª Flibi (Festa Literária da Biblioteca). Realizado entre 22 e 27 de outubro, o evento — com curadoria do escritor e jornalista Marcio Renato dos Santos — conta com palestras, bate-papos, oficinas, apresentações de música e teatro. São mais de 60 convidados. Este ano o escritor homenageado é Jamil Snege (1939- 2003). Toda programação tem entrada franca.
Entre os textos inéditos, a 87ª edição do Cândido publica haicais de Domingos Pellegrini, poemas de Luiza Mussnich, narrativas de Harini Kanesiro e um trecho do romance inédito A velha cidade perdida, de Edilson Pereira. A ilustração da capa é assinada pelo artista visual Samuel Casal.
Serviço – O Cândido tem tiragem mensal de 3 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo correio, para assinantes a diversas partes do Brasil.
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