Carluxo e o traveco peronista

O VENTRÍLOQUO de Jair Bolsonaro está a toda. Fingiu que o pai tuitou da China, quando a China não tem twitter, bloqueado por lá, substituído pelo @china, produto local. Brincou de Esopo com a fábula do leão cercado de hienas – Jair o leão e as hienas o mundo inteiro, como manda o descritivo da paranoia. O menino não sabe que hiena não come leão, hiena come merda.

O medo agora é que 02, o ventríloquo que faz o pai de títere, descubra que o filho de Alberto Fernández, presidente eleito da Argentina, é artista performático, assim tipo Pabllo Vittar, daqueles que se vestem com roupa de mulher, maquiados, depilados, o bingolim escondido, puxado para trás, preso num barbante. Para nosso orgulho cívico, como mulher, o rapaz perde para Pabllo Vittar.

O pai ainda solta o meme maluco ou a frase irresponsável, sem noção, sempre marcada pelo preconceito e pela ignorância e ofende os brios portenhos, e lá se vai o Mercosul. O boquirroto presidente pode deflagrar a tão adiada guerra da Argentina. Bolsonaros, específicos e genéricos, são puro recalque e neurose à flor da pele, Freud elementar, do caderno de aluno CDF.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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