Casão se sentiu isolado na Globo: ‘Minhas posições não tinham mais eco

O ex-jogador Walter Casagrande, que deixou de ser comentarista do Grupo Globo ontem após 25 anos na emissora, participou do UOL Entrevista e explicou que um dos motivos para sua saída foi a falta de apoio em seus posicionamento mais contundentes.

“Hoje, não só a Globo, quase todos os lugares ficam pautados em cima das redes sociais. A rede social é uma guerra lá dentro, as pessoas e emissoras estão preocupadas com seguidores e pessoas que falam de um determinado assunto popular demais, que não interessa de forma social ou política, e isso não faz parte do meu perfil. Gosto de me posicionar politicamente e falar sobre a sociedade. Gosto de me colocar nas polêmicas dentro do próprio esporte como homofobia, machismo, assédio sexual e estupro. Tem jogador que estuprou uma menina, o Robinho, e tá na praia, no Guarujá”, disse Casagrande.

“O mundo está desse jeito, não é a questão da Globo. O meu caminho da separação com a TV Globo começou quando percebi que as minhas posições não tinham mais eco lá dentro, eco de companheiros. Antes existia continuidade no meu posicionamento, na minha crítica, e não tinha mais esse eco. Vocês escreviam o que eu falava, as minhas críticas, externamente se falava isso, mas internamente não. Eu acho que no final pesou pro meu divórcio, não é uma crítica porque as pessoas não são obrigadas a serem iguais. Isso é coisa minha”, acrescentou.

Equipe Ultrajano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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