Casamento com sexo

O advogado que representa o filho e a irmã de Gugu Liberato na disputa de herança com as duas filhas e a mulher do apresentador, perguntou em audiência quantas vezes ela, Rose Miriam transava com Gugu. A coisa ferveu quando o juiz indeferiu a pergunta como impertinente, abusiva e desrespeitosa.

Acalmados os ânimos, Rose Miriam pediu para responder: “quando dava vontade”. O advogado, vendo os honorários escaparem de suas mãos, insistiu: “quantas vezes por semana e por mês”. Nessa hora cabia perguntar ao advogado quantas vezes ele transa com sua mulher, se ainda o faz, ou se ambos ainda têm vontade.

Na hora me veio a aula de Direito Romano, a frase do jurista Ulpiano: “nuptiae non enim concubito sed consensu facit“. O casamento está na decisão de conviver, não no tesão pelo cônjuge, poderíamos traduzir hoje. Aliás, no fim do Império, os maridos transavam com homens e esqueciam suas mulheres – como se disse do falecido Gugu.

Esse advogado não estudou em boa faculdade de Direito. Sabe nada. Tanto sexo no casamento faz mal à saúde.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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