Causa e consequência 6 de outubro de 2023

Sérgio Moro não aceita ser delatado por Tony Garcia, “um criminoso condenado”. Como diz minha leitora, o ex-juiz da Lava Jato não preza o raciocínio, seja o dedutivo, seja o indutivo, pois não liga “a causa à sua consequência”. Exemplo, se Tony é criminoso condenado, como tal colaborou com Moro. O inocente também pode colaborar com a justiça, mas não como delator premiado, que é privilégio de delinquente, condenado ou não. No acordo Moro teria comunicado a Tony que este receberia condenação, ainda que menos grave.

Diante disso, a colaboração que Moro arrancou de Tony não é melhor nem pior que a dos bacanas da Lava Jato. Delação pode vir com calúnia e difamação, mas a de Tony revelaria a manipulação pelo juiz e, segundo o delator, com recursos da PF providos pelo juiz. Retorno à leitora favorita, “em Sérgio Moro, as premissas sempre estupram a conclusão”. Releve-se a força do verbo; a leitora é feminista e foi aluna brilhante de Direito Penal, a “superbacana”, como a apelidou seu mestre, o saudoso professor Ildefonso Marques, da UFPR.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Rogério Distéfano - O Insulto Diário. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.