Cavalinho rachadinho

A PF fez perícia no cavalinho que Bolsonaro recebeu da Arábia Saudita, um daqueles itens contrabandeados pelo coronel Mauro Cid, o pau mandado de uniforme.

Era ouro de tolo, como o destinatário do mimo: 3% do metal nobre e o resto, cobre, o metal plebeu, não os cobres do pacote de R$ 16,5 milhões, que Mito/Micheque poderiam apurar no mercado paralelo para comprar mais uma mansão. O cavalinho vale R$ 24,8 mil na cotação real; um marreteiro de rua, desses que compram dente de ouro e anel roubados, pagaria no máximo R$ 50.

O cavalinho chegou à PF com três pernas arrancadas, a imagem do Mito nas eleições. O primo da cavalgadura ou aplicou-lhe os coices que costumava dispensar a jornalistas ou foi vítima de rachadinha pelo cúmplice. Em tal estado o presente de estado perdeu valor para o patrimônio público. Contrabandeado e avariado, agrava o peculato do Mito. Bobagem; na política roubar é humano.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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