“A milícia, que ocupa 58% do território do município do Rio de Janeiro, disseminou uma ideia de ‘sociedade miliciana’, onde se troca a Justiça pelo justiciamento de forma oficial, contrapondo-se ao que está escrito na Constituição de 1988.”
A análise é do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que presidiu tanto a CPI das Milícias quanto a CPI das Armas quando deputado estadual.
“Não estou dizendo com isso que os policiais que participaram da ação são milicianos. Mas que há uma lógica do justiciamento, que a cultura miliciana buscou legitimar”, afirma.
Para ele, a concepção de segurança pública e de violência que está se tornando hegemônica no Rio vem das milícias e representa o pensamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).