Charly Techio em Porto Alegre

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura a exposição Entre Espaços, da artista Charly Techio, na Galeria Lunara – 5º andar da Usina do Gasômetro. Nascida em SC, Charly trabalha e vive em Curitiba. É formada em Publicidade e pós-graduada em Fotografia, e atualmente está cursando sua segunda especialização, em História da Arte Moderna eContemporânea.

É uma das fotógrafas da “Divinas Criaturas” que trabalha com arquitetura e com fotos para serem usadas como arte na decoração, através da qual, fizeram as fotos dos ambientes de 4 edições da Casa Cor PR; e coordenam o Curso de Fotografia do Centro Europeu, onde ministra alguns módulos.

Tem fotos publicadas no Livro “A Camisa de Ouro” com textos do escritor Ernani Buchmann. Seu trabalho autoral foi apresentado em diversos salões de arte, mais recentemente em Atibaia/SP; em exposições individuais: “In Memorian” no Hall da Secretaria da Dultura em Curitiba, e no Museu de Arte Contemporânea de Cascavel e coletivas na Casa França-Brasil, Memorial de Curitiba entre outros.

Paisagem é metamorfose enquanto espaço é a acumulação desigual dos tempos. É determinada pelo resultado da sucessão de tempos históricos, da coagulação do trabalho social, a materialização de idéias, de ações das sociedades sobre a natureza, sendo assim, em constante mudança.

Sempre que a sociedade passa por um processo de mudança, as relações se transformam em intensidades e ritmos variáveis, a paisagem, ou o espaço, é adaptado para as novas necessidades criadas pelos componentes desta mesma sociedade.

Em sua concepção, o espaço é ao mesmo tempo forma (como as estruturas de uma cidade) e função (resultado do processo de ações humanas que constroem a paisagem). Esta noção do espaço como um conceito híbrido, em permanente mudança, está na base da seguinte síntese proposta pelo geógrafo Milton Santos: “o espaço é um conjunto de objetos e um conjunto de ações”.

O ensaio Entre Espaços apresenta as pessoas (sujeitos que modificam os espaços juntamente com, e através do tempo) em relação aos espaços, ao mundo que as contém, e as fotografias, de certa forma, visam propor que se torne estacionário esse processo mutável, pelo menos por um instante.

As pessoas inseridas numa paisagem, observando-a em sua plena mutação, permitindo que o expectador veja a mesma cena que foi recortada no tempo, e outra nova, um detalhe que talvez a pessoa fotografada nunca tenha visto, formando uma relação direta do sujeito com o espaço, integrando o observador a um novo universo.

A exposição Entre Espaços pode ser visitada: de terças a domingos, das 9 às 21 horas, de 12 de setembro a 12 de outubro de 2008 – Galeria Lunara – Usina do Gasômetro – 5º andar, Av. Pres. João Goulart. 551 – Porto Alegre.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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