A governadora-candidata Cida Borghetti imprimiu e consolidou o ritmo de campanha eleitoral desde que assumiu o governo do Paraná há dois meses. Trabalha sábado e domingo, visita 5 ou 6 cidades num mesmo dia e sobe e desce do jatinho oficial para entregar recursos aos prefeitos como se não houvesse amanhã.
A campanha para se viabilizar como candidata à reeleição acontece a olhos vistos. Se a família Barros não tivesse a obsessão pelo poder que tem, Cida Borghetti cumpriria seus 9 meses de mandato cuidando do estado e fiscalizando as obras que seu antecessor não teve tempo de concluir.
Poderia adiantar um ou outro projeto com os recursos disponíveis e cuidaria para que o próximo governador eleito recebesse o estado equilibrado financeiramente e pronto para a nova gestão. E teria cumprido seu papel com dignidade em nome de todos os paranaenses.
Do jeito que está, os paranaenses pagam com seus impostos a pré-campanha da governadora-candidata. E qualquer decisão tomada sob a vertigem de maratona eleitoral não condiz, como diria o ex-presidente José Sarney, com a liturgia do cargo.
Só para citar um exemplo: o Paraná perdeu R$ 104 milhões em recursos federais para obras vitais de transporte rodoviário por causa da greve dos caminhoneiros enquanto o vizinho Rio Grande do Sul perdeu o equivalente à metade.
Alguma palavra, uma reclamação sequer da governadora? Nada. Para quem está em campanha eleitoral, notícias ruins não interessam. É muito melhor sorrir, ser chamada de Sula Miranda e apoiar os caminhoneiros-votantes.
Até outubro vai ser assim. E depois de outubro quem vai mandar será o governo eleito.