No vídeo, um homem faz uma pergunta e de imediato é acusado pelo candidato de ser do grupo do senador Romero Jucá. O entrevistador fez menção a uma declaração de Ciro, feita no mês passado sobre manifestação de brasileiros ocorrida em Roraima contra a entrada de venezuelanos em nosso país, quando com a sua notória diplomacia ele classificou o ato como “canalhice”.
Chama a atenção no vídeo da agressão ao entrevistador uma frase que o político cearense repete durante a confusão, ordenando a seus seguranças que peguem o entrevistador. “Prende ele”, Ciro diz várias vezes. Poderoso o cara, não? Imaginem o que pode fazer no poder um político que manda prender os outros quando ainda é candidato. E o “crime” da pessoa foi apenas fazer uma pergunta que ele não gostou. Sobre um político que faz esse tipo de coisa numa eleição nacional e em meio a um grupo de jornalistas, cabe também pensar quanto desmando um cabra grosso desses não comete em seu estado, onde seu grupo político está no poder há mais de duas décadas.
A confusão criada pelo candidato foi em meio a um amontoado de gente. Poderia ter provocado um tumulto, com risco sério para as pessoas presentes. Havia também o perigo de ocorrer uma briga e até uma agressão mais grave ao entrevistador porque o local estava cheio de simpatizantes de sua candidatura. Mas esta falta de bom senso não surpreende. Todo mundo sabe que é de nível bem baixo o grau de responsabilidade dessa instável figura que quer ser presidente do Brasil.
Ciro Gomes é o tipo de político que com certeza ficaria de fora de qualquer eleição se houvesse a obrigatoriedade de um sério exame psicotécnico para ser candidato. Mas, vem cá: qual desses políticos que aí estão não seria reprovado num teste desses? Com certeza, poucos seriam admitidos como candidatos. E Ciro não seria um deles.