Se soubesse que o procurador paulista, a quem se referiu como “filho da p…” por tê-lo denunciado por racista, será que o candidato a presidente, Ciro Gomes, mudaria o xingo?
É certo que sim. O ex-governador do Ceará sabe o quanto lhe custou aquela frase de que Patrícia Pilar tinha como função dormir com ele durante a campanha eleitoral em 2002.
Famosa, respeitada como atriz, ela fazia tratamento contra um câncer à época, estava sem cabelos, mas mesmo assim acompanhava o marido em atos públicos.
Ciro paga até hoje pelo destempero. Não adiantou nem mesmo a defesa de Patrícia, que conviveu com ele durante 17 anos e afirma que nunca presenciou qualquer comportamento machista do ex-marido. A frase, segundo ela, foi tirada do contexto e utilizada pela oposição contra o candidato.
Agora, novamente Ciro Gomes se vê diante de uma situação complicada. Se chamar um procurador da República de “filho da p…” já é ofensivo, imagina em se tratando de uma Procuradora? Abre, de novo, a discussão sobre o machismo para um candidato com antecedentes.
Ao menos quando se trata de se referir às mulheres, Ciro Gomes ganharia mais se ficasse calado.