Cotas para quenianos

DOIS QUENIANOS, mulher e homem, venceram a São Silvestre. De novo e sempre, novidade nenhuma. Os brasileiros, inclusive minha professora de Pilates, ficaram para trás, comendo poeira – e olhe que Cláudia Kuniyoshi corre 5 km por dia depois de preparar a lancheira das três filhas. Agora que os cargos do Judiciário serão divididos meio a meio entre homens e mulheres, não custa impor cotas na São Silvestre. Coisa simples: os quenianos correm em raias separadas, descalços como na terra deles, em maratona mais longa (e dane-se a convenção que vem desde a Grécia, pois até lá inventaram no século XX a maratona de 150 km, três dias batendo pernas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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