Lançamento do livro “Um Lugar Chamado Cocaco” de José Carlos Fernandes

Fundada em 1955, em Curitiba, a Galeria Cocaco foi a pioneira no tratamento profissional dos artistas e por quase duas décadas a única no gênero na cidade.

Atuou como um espaço fundamental para toda uma geração de artistas e para a comunidade apreciadora da arte por quase quatro décadas de existência. Esse contexto tão ricamente vivenciado foi uma das motivações para se publicar um livro que promovesse a preservação de muitas das memórias desta galeria, que com certeza irão contribuir de modo único para a História da Arte no Paraná.

O livro “Um lugar chamado Cocaco” traz conteúdos históricos em forma de crônicas escritas por José Carlos Fernandes. Para acompanhar as narrativas, a publicação foi ricamente ilustrada com documentos e pesquisa iconográfica de Geraldo Pougy junto ao acervo documental da Galeria Cocaco. A distribuição das figuras foi pensada de modo a proporcionar uma leitura complementar ao texto, alternando entre documentos, fotos histórias e reprodução de obras do acervo da família Lago. A diagramação assinada pela Nexo Design é um convite para que o leitor possa ter uma experiência contemplativa na história da Cocaco em uma viagem à memória do local.

As aberturas dos capítulos foram criadas em forma de colagens feitas por Naotake Fukushima e pensadas para contar uma narrativa visual sobre a Cocaco, sem seguir uma cronologia ou o tema dos capítulos. Desta forma é possível oferecer ao leitor imagens que conferem uma nova camada de leitura que mescla documentos e fotos, que representam a riqueza dos documentos preservados da galeria e também outras vivências a partir do acervo da família Lago.

A abordagem da iconografia foi desafiadora. Com mais de 2.000 imagens armazenadas em pastas com descrições parciais, tais como: “caixa 1, 2, 3, 4”… , diversas pastas com fotografias, anotações, cartas, programas de eventos, arquivos e recortes – assim um dos desafios do projeto foi encontrar um caminho diante de tantas possibilidades, além de entender a relevância de cada recordação dentro daquele contexto literário e histórico. Para fazer a linha do tempo, por exemplo, foram vinculados fatos com imagens, procurando-se explorar os espaços compositivos de maneira convidativa.

De maneira geral, foi um processo complexo, mas muito prazeroso, divertido e curioso. A Galeria Cocaco e sua história são muito ricas e os designers puderam mergulhar nesse universo como ‘detetives’ escolhendo as imagens que seriam inseridas no livro. O convite para realizar o projeto gráfico surgiu graças à longa parceria entre Naotake Fukushima, da Nexo Design, com Geraldo Pougy – que foi o proponente do livro.

O resultado gráfico só se mostrará satisfatório na medida em que leitores e atores da história da galeria puderem usufruir de toda a riqueza desta brilhante publicação.

Ficha técnica

Texto de José Carlos Fernandes – Elaboração do Projeto: Mônica Drummond|Marketing Cultural: Cultural Office – Projeto gráfico e diagramação: Nexo Design – nexodesign.com.br – Coordenação editorial: Geraldo Pougy – Revisão ortográfica: Silvana Sefrin – Pesquisa iconográfica e documental: Geraldo Pougy – A iconografia utilizada proveniente de quatro fontes: Acervo Eugênia Petriu; Acervo Ennio Marques Ferreira; Acervo Família Lago; Acervo documental da Galeria Cocaco. Todas as imagens sem legenda são provenientes deste último acervo e foram utilizadas para contar uma narrativa visual sobre a Cocaco, sem seguir uma cronologia ou o tema dos capítulos. Muitas imagens foram preservadas conforme a digitalização para manter seu aspecto documental. Fotografia das obras e tratamento da cor das imagens do acervo da família Lago por Maringas Maciel. Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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