Esperou sentado durante horas num móvel de madeira onde cabiam várias pessoas e não foi atendido pelo sujeito que prometeu-lhe uma infusão de ervas.
Tomou um chá de banco.
Pediu transferência no quartel, manifestando seu interesse por atividade mais sedentária na guarnição, porém teve sua solicitação indeferida. Marchou.
Estava a fim de lançar um novo ritmo e o líder da turma o impediu, impondo o compasso do passado que tanto detestava. Dançou conforme a música.
Seus argumentos a respeito da validade dos métodos antigos de educação à base de castigos foram inferiores ao do velho professor. Deu a mão à palmatória.
Ao jurar para o companheiro de viagem que não retornaria ao ponto de partida daquela peregrinação, não sabia que a estrada tinha fim. Voltou atrás.
Afirmou ser bom em metáforas até mesmo montado em eqüinos sem suspeitar que as figuras de linguagem espantariam o animal. Caiu do cavalo.
Se surpreendeu na hora em que pediu dinheiro emprestado para comprar uma pulseira nova pro seu cebolão e o agiota exigiu o relógio em garantia. Ficou empenhado.
Acho que não perderia a calma ao disputar com uma criança habilidosa aquele joguinho de tirar um pauzinho sem mexer nos demais. Envaretou.
Imaginou, para pôr fim à sua castidade, obter, de graça, todos os prazeres que uma prostituta podia lhe proporcionar. Pagou os pecados.
Foi um susto quando o otorrinolaringologista lhe disse que a deficiência funcional das suas glândulas salivares era definitiva. Engoliu em seco.
Uma resposta a Coincidências coincidentes