Como se fosse do governo

Lula conseguiu o que queria. Convenceu Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, a ir a Nova York na semana passada com o argumento de que precisava vender o país lá fora e, assim, passar a ideia de que há união entre o Executivo e o Legislativo na pauta ambiental. Lira, que declinou do convite de ir à China, foi aos EUA —e se entrosou.

Lira apareceu no plenário da ONU para acompanhar o discurso de Lula ao lado de Rodrigo Pacheco (MDB-MG), ao contrário do que fizera na única vez em que acompanhou Jair Bolsonaro à ONU. Durante os encontros e jantares demonstrou sintonia surpreendente ao lado dos ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Fernando Haddad (Fazenda), Pacheco e do próprio presidente.

Para quem acompanhou os encontros com empresários e diplomatas, sabendo que até dezembro o presidente da Câmara era aliado de Jair Bolsonaro, se surpreendeu.

Uma fonte disse ao Bastidor que a surpresa não estava na presença de Lira, nem nos seus gestos políticos. Mas no entrosamento. “Pareciam ministros, como se Lira já estivesse no governo”, disse.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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