O PRESIDENTE quer acabar com o ensino de sociologia e filosofia e dar prioridade ao ensino técnico-científico, que para ele gera riquezas. Mais matemática, menos masturbação metafísica, precisamos saber “fazer conta”, segundo o Capitão. Nada de Malba Tahan, que ensinava matemática e iluminava nossa imaginação.
Nem tanto às catacumbas, nem tanto ao paraíso: o Brasil ficou conhecido no mundo com Santos Dumont, Cesar Lattes, Villa Lobos e Gilberto Freyre, para citar dois cientistas, um artista e um sociólogo. Sem falar de Paulo Freire, que o analfabetismo da direita critica sem nunca ter lido. Ou de Josué de Castro, um perigosíssimo geógrafo.
As ideias ainda nos levam às cavernas. Remetem à ditadura Costa e Silva, evocam as reforma do ensino e o convênio MEC-USAID, agência do governo norte-americano, quando mandou para o lixo o ensino de latim e francês e impôs a pseudo ciência da educação moral e cívica. E continuamos sem saber “fazer conta”.