A guerra não foi por disputa de território entre Paraná e Santa Catarina como querem fazer crer alguns “doutos”, que torcem a bandeja para o lado catarinense. Os atores da guerra foram caboclos, índios, posseiros, fazendeiros paranaenses, imigrantes polacos, rutenos e italianos recém assentados, na então região Sul do Paraná.
A divisa do Estado paranaense com o Rio Grande do Sul, no rio Uruguai, existiu até 1917. Quem contestava (daí o porquê da palavra “Contestado”) a faixa de 30 km de largura, que atravessou os Campos Gerais do Paraná e que foi dada em concessão pelo governo federal para o norte-americano Percival Farquhar, eram os habitantes paranaenses. Nunca foram, os catarinenses que contestavam.
A guerra foi sim, entre os paranaenses daquelas terras (que hoje se chama Oeste Catarinense) contra o Exército brasileiro e a Polícia Militar do Paraná. Forças que dizimaram milhares de paranaenses para defender interesses do milionário dos Estados Unidos.
Foi a primeira vez que a invenção de Santos Dumont foi usada numa guerra. Fato que causou enorme tristeza no inventor.
Não houve batalhas entre paranaenses e catarinenses pelas terras entre os rios Iguaçu e Uruguai. Encerrada a guerra, as terras paranaenses foram cedidas pelo governador do Paraná e advogado de Farquhar (contra os posseiros e fazendeiros paranaenses), o guarapuavano Afonso Alves de Camargo ao governo de Florianópolis. E não foram cedidas por causa da guerra, ou disputa de território, mas para favorecer a Lumber (maior devastadora da mata mais rica em madeiras nobres do Sul do Brasil), empresa do norte-americano.