Escrevendo aqui sobre mais essa encrenca criada por Jair Bolsonaro com a ideia besta de fazer o torneio da Copa América no Brasil, falei sobre os riscos de imagem para os patrocinadores de um torneio realizado em meio a uma pandemia com quase 500 mil mortes.
É bastante perigoso. A previsão é de que virá mais desgraça nos próximos dias, com uma terceira onda da Covid-19 caindo sobre nossas cabeças, sem que sequer tenha acabado nenhuma das anteriores. Quem iria querer associar sua imagem a este clima de desespero e dor?
Houve uma ameaça de que jogadores da Seleção Brasileira não aceitariam participar, mas no final não houve resistência de fato, o que não é de causar surpresa. Espantoso mesmo seria ver um gesto de dignidade desses atletas da atualidade.
Porém, nas grandes corporações pode também não haver humanismo, mas jamais vai faltar-lhes sensibilidade aos riscos com a imagem das suas marcas. A Mastercard já havia desistido de patrocinar o torneio no Brasil. Agora foi a Ambev que anunciou que não vai colocar sua marca neste evento fora de hora.
É uma decisão sensata, afinal a Covid-19 mata e deixa sequelas graves em seres humanos. Claro que o contágio pode também ser letal em marcas comerciais.