O secretário Valdir Rossoni passa incômodo com as investigações sobre a Construtora Valor: a empresa nasceu e cresceu em Bituruna, feudo da família, ganhava contratos de construção de escolas, era paga e não entregava. Aconteça o que acontecer, os cabelos de Rossoni não ficarão mais brancos. Deve ser por isso que o ministro Moreira Franco insiste naquela cabeça de cotonete com botox.
Os petistas nunca foram conhecidos pelo senso de humor; são sisudos e não gostam de brincadeira, traço comum dos esquerdistas, que veem o mundo com lentes embaçadas. Também não têm imaginação, efeito secundário do humor. No Paraná comparam-se a Dalila na briga com Sansão, o governo do Estado. Sobre a reportagem da revista IstoÉ – a mala de dinheiro da empreiteira para Lula – sacaram o “epitáfio na capa”. É de doer.
A Justiça espanhola mantém o processo contra Neymar por evasão de impostos na sua contratação pelo Barcelona. O cara tem que levar uma invertida de vez em quando, tamanha sua sorte: é craque, bilionário, tem avião, barco e Ferrari e ainda por cima – e por baixo – namora Bruna Marquesine.
O ministro Roberto Freire, da Cultura, fez bem ou mal em dar o troco nas críticas de Raduan Nassar ao governo Temer durante a entrega do Prêmio Camões. A esquerda petólatra acha que sim, até Marilena Chauí berrou do auditório contra o ministro. Aquela vesguice de achar que o ministro deveria ficar quieto quando alguém critica o governo do qual faz parte – algum petista faria isso, aceitaria crítica pública presencial à Sua Lulidade? E qual é a de Raduan Nassar?
O ambiente de entrega do prêmio era outro, literário, presente o embaixador de Portugal, co-partícipe na escolha do vencedor. Indelicadeza, grosseria, constrangimento desnecessário para o embaixador, que nada tinha com a história. Os petistas consideram qualquer ambiente adequado para denunciar o “golpe” de Michel Temer. Fazem papel ridículo, como em Cannes e agora em Berlim, nos festivais de cinema, de onde só trouxeram as faixas de protesto. Rogério Distéfano