Cristiane e seus parças

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

NÃO ME SAI da cabeça o vídeo da quase futura ministra do Trabalho no iate, costa do Rio de Janeiro, de biquíni, cercada de marmanjos de sunga, nenhuma outra mulher à vista. Machismo da ministra, que não teve a caridade de convidar amigas para a vilegiatura com os bombadões.

Feio para uma ministra, que violou duas normas pétreas. Uma do politicamente correto ao sonegar bonitões às bonitonas; outra, da CLT, violar o princípio da proporcionalidade, ao não abrir vagas para apreciadoras de bombadões.

Feio para uma ministra, dizia eu, exato da pasta do Trabalho, que faz respeitar as leis do trabalho. Se bem que a quase futura ministra, cercada de sungas volumosas, evocativas dos antigos coadores de café,  os de pano, de nossas avós, estava descontente com a legislação do trabalho.

O vídeo – um monte de homens de sunga, espremidos em lancha, babando sobre a celebridade – teimava em martelar-me a memória. O que aquilo me lembrava? Clique, caiu a ficha: Neymar e seus parças. Sim, Cristiane, ainda divisão de base, estava al mare, curtindo a vida com seus parças. 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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