Crônicas de Alhures do Sul

Lidas pelo autor na BandNews FM 96,3, Curitiba, às segundas-feiras, entre seis da tarde e sete da noite, e na terça-feira de manhã – ou a qualquer momento em edição extraordinária. (10 de setembro de 2007)

Eu me lembro.
Eu me lembro do cartunista Solda dizendo que morava no bairro São Braz e Água Fresca.
Eu me lembro do
único cigarro fumado pelo iluminador Beto Bruel.
Eu me lembro do poeta Paulo Leminski fazendo salamaleques para o amigo árabe.
Eu me lembro quando Poty Lazzarotto me confundiu com o pintor Jair Mendes e conversou comigo durante meia hora.
Eu me lembro do
cartunista Dante Mendonça creditando o milagre da multiplicação dos peixes à Xerox.
Eu me lembro do craque da bola Krüger quando era
ourives na rua São Francisco.
Eu me lembro do cartunista Pancho desenhando os
quadrinhos do Capitão Esbórnia.
Eu me lembro da primeira vez em que vi Dalton Trevisan na porta da
Livraria Ghignone na Rua das Flores.
Eu me lembro do livro
“Eu me lembro”, de Georges Perec.
Eu me lembro quando combinei comigo mesmo que continuaria me lembrando.

Manoel Carlos Karam

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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2 respostas a Crônicas de Alhures do Sul

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