Cruelritiba: morrer

É preciso que se morra
mas que se morra aos poucos,
devagar
dentro do horário
com cautela
sem onerar o Erário
é preciso morrer
na disciplina protocolar
parar de respirar
sem nenhum comentário
morrer
é muito particular

*escolhi esse poema do Solda como singela homenagem a Pedro Franco Guevara y Cruz, grande jornalista e parceiro em alguns trabalhos. Discreto, ele viveu digna e brilhantemente. Vá em paz.

Soube que a Bárbara Kirchner, Thadeu Wojciechowski e Otávio Camargo musicaram esse poema, mas ainda não ouvi.

Lina Faria.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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