Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras, por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados.
Adalice Araújo (1931-2012) – Nascida em Ponta Grossa, era considerada uma das maiores críticas de arte do país, formada em Belas Artes e especialização na Itália. Passou a vida dedicando-se a preparar o Dicionário de Artes Plásticas do Paraná, obra monumental enfim publicada em 2006. Foi também poeta e cronista.
Itamar Assumpção (1949 – 2003) – Francisco José Itamar de Assumpção nasceu em Tietê (SP) e faleceu em São Paulo. Foi ator, compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical. Viveu por muitos anos em Arapongas, no Norte do Paraná, e começou sua carreira artística em Londrina, nos anos 1970, como ator de teatro e como parceiro de Arrigo Barnabé, na música. Destacou-se na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.
Teresa Urban (1946-2013) – Jornalista, ambientalista e escritora nascida em Curitiba. Militou na resistência à ditadura militar e foi presa política, após o que se exilou no Chile. Escreveu mais de 20 livros, como 1968 – Ditadura Abaixo, O Livro do Matte, Missão (Quase) Impossível, Rios por Onde Passo e Dez Fitas e um Tornado, sua última obra.