Ela respondeu assim:
“Eu vou ficar na história como a ministra do azul e rosa, a ministra do pé de goiaba, a ministra das calcinhas. Fizeram de propósito. Na verdade, precisa desqualificar um pouco a ministra para dizer que esse ministério não vai dar certo. A minha preocupação é que muita gente entra nessa onda e não sabe que está sendo usado, inclusive, por pedófilos, está sendo usado por quem não quer que acabe a violência sexual contra crianças. É bom a gente lembrar que tem crime organizado na pedofilia. É o terceiro maior ilícito em dinheiro. Nós temos imagem de abuso de criança que são comercializadas a R$ 50 mil no mercado, estupros de bebês, tem vídeos que podem custar R$ 50 mil. Então: vieram me justificar o abuso de crianças na Ilha de Marajó (no Pará). Abuso não se justifica, não se minimiza, não se explica e não se relativiza. Não vem dizer que é cultural. Aí, uma pessoa da Justiça sentou comigo e disse: ‘Tem um estudo que fizemos que indica que uma das coisas que pode estar atiçando esse desejo absurdo pelas meninas é que elas não usam calcinhas, elas são muito pobrezinhas lá. Aquilo me irritou. Não se justifica o abuso pela falta de calcinha. Então, eu estava falando naquela mesa ali (do auditório do ministério): ‘Nós vamos cuidar da Ilha de Marajó. Dizem que lá, as meninas são abusadas porque estão com fome, então, vamos levar comida; dizem que elas estão sendo abusadas porque os pais não têm emprego, então, vamos levar emprego para lá; dizem que elas são abusadas porque não usam calcinhas, então, vamos levar calcinha para lá, aliás, vamos levar uma fábrica’. Eu quis dizer, vamos levar um monte. Era uma indignação minha, mas não botaram as frases anteriores. Pegaram só isso, e deu aquela confusão.”