Antes, o capitão só xingava quem lhe perguntava dos filhos, de Fabrício Queiroz e da rachadinha – o que, perdão, significa rigorosamente o mesmo. Não retrucou a Lula. Alguém lhe soprou ao ouvido que se reagisse explícito estaria escolhendo Lula como adversário de 2022.
Lula está vivo e mostrou que quando fala sua voz ecoa. Se ele hoje combate Bolsonaro, faz um trabalho patriótico? Não, ele conserta seus erros, os erros que elegeram Bolsonaro. Mas nem por isso deixa de merecer nosso aplauso, porque foi o primeiro a falar e ser ouvido.
Hoje o ex-presidente é o único em condições de combater o atual. A menos que sobrevenha um golpe ou uma internação oportuna, Lula derrota Bolsonaro. Não há santo para combater nosso demônio. Já não importa se Lula é branco ou preto; importa que cace Bolsonaro.