Foto de Alexandre Durão
Se fechar o mesmo acordo que outros envolvidos no caso, ex-presidente da CBF nunca mais poderá falar com Marco Polo Del Nero
A defesa e a família do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, esperam que ele seja extraditado da Suíça para os Estados Unidos já nesta terça-feira. A pedido de autoridades americanas, Marin foi preso em Zurique no dia 27 de maio junto com outros dirigente da Fifa acusados de corrupção, e depois de cinco meses aceitou ser extraditado para os EUA. O prazo para sua chegada a Nova York – o caso corre na Corte Federal do Brooklyn – termina no final desta semana, mas tanto seus advogados quanto sua família trabalham com a informação de que Marin chegará aos EUA no máximo até quarta-feira.
Assim que desembarcar, Marin ficará um ou dois dias preso nos EUA e então passará por uma audiência, na qual vai se declarar inocente, mas vai aceitar o acordo proposto pelos promotores americanos: entregar o passaporte, pagar uma fiança milionária, não entrar em contato com os outros acusados e cumprir pena em prisão domiciliar. José Maria Marin tem, desde 1989, um apartamento na luxuosa Trump Tower, na 5ª Avenida, em Nova York.
Marin tenta acordo para cumprir pena em apartamento na 5ª avenida em NY
Outros dois envolvidos no mesmo escândalo fecharam acordos semelhantes. O empresário argentino Alejandro Burzaco – que segundo as acusações era um dos corruptores – pagou uma multa de US$ 20 milhões (cerca de R$ 80 milhões). O ex-presidente da Concacaf Jeffrey Webb fechou um acordo por US$ 10 milhões (R$ 40 milhões, aproximadamente). Os valores negociados pela defesa de Marin são mantidos em sigilo tanto pela defesa quando pelas autoridades americanas.
Martín Fernandez – G1.com