Em seu ataque, ele mostrou claramente que não temos essas vacinas apenas por que o bolsonarismo cometeu um erro criminoso, negligenciando os acordos com os laboratórios:
“Todos já sabem das cláusulas da Pfizer. Eu acho que eu não preciso repetir, mas eu vou ser sucinto: isenção completa de responsabilidade por efeitos colaterais de hoje ao infinito. Simples assim. Justiça brasileira abrindo mão de qualquer ação judicial sobre a empresa. Simples assim. Ad infinitum. Ativos brasileiros no exterior disponíveis como caução e um depósito ad eternum para futuras ações no exterior (…)
Respondi: ‘Tudo bem, vamos fazer desse jeito mesmo, porque é o que temos’. Eles conseguem entregar 500.000 em janeiro, 500.000 em fevereiro e 1 milhão em março. Com todas essas cláusulas. Então, ficou difícil para as vacinas importadas. Senhores, esta é a verdade. As vacinas que não são produzidas no Brasil têm quantidades pífias para o nosso país.
Essa da Moderna também é muito boa, mas ela custa US$ 37 a dose. Precisa compreender que a da Pfizer custa US$ 3,75 a dose. Eu pensei: ‘Tudo bem, deve ser a Ferrari. Eu quero’.‘Só outubro’. Como outubro? ‘Outubro’. Outubro de 2020? ‘De 2021’. E quantas? ‘Só 6.000.000 ou 5.000.000’. Discutir fica difícil, nesse caso. Pagar US$ 37 por dose e ainda precisa duas doses para entregar só em outubro de 2021.″
É inacreditável que só agora ele tenha pensado em negociar as vacinas – depois de todos os outros países. É inacreditável também que ele ainda não tenha pensado em se demitir.