O deputado estadual Ricardo Arruda (PEN) – que é pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus – causou revolta entre os deputados da bancada do PT na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. Ao criticar a presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann, Arruda se referiu a ela como “amante”, repetindo o termos várias vezes. O primeiro a reagir foi Péricles de Mello (PT), que questionou o porque do parlamentar evangélico usar esse termo contra a dirigente. “O termo amante não fui eu que inventei. Está em toda a imprensa do Brasil”, respondeu Arruda.
Mais tarde, durante a sessão, Péricles voltou a criticar o deputado, classificando o discurso de Arruda como um ataque “violentíssimo, baixo e covarde”. Segundo o petista, o parlamentar teria todo o direito de criticar a senadora por questões políticas, mas não pessoais, atacando a “honra de uma mulher que não está aqui para se defender” de forma machista. “Isso não é digno de um pastor evangélico. A Bíblia que ele lê não é a mesma que eu leio”, afirmou Péricles. Arruda tentou rebater, pedindo um aparte, mas o deputado do PT rejeitou o pedido. “O senhor não merece mais aparte. É o castigo para não falar mais besteira”, afirmou.
Pelo twitter e sem citar nomes, Gleisi comentou o episódio. “Toda vez que um apoiador do golpe me ataca, tenho certeza de que estou no caminho certo! Me atacam porque defendo Lula. Me atacam porque sou mulher. Me atacam porque defendo os pobres. Me atacam para desviar o foco dos problemas de corrupção no governo do Paraná”, disse a senadora.
Bem Paraná