A insatisfação também parte de funcionários dos ministérios, que apontam para um distanciamento de Anielle e Cida dos debates na Câmara e no Senado.
Um dos exemplos foi a tramitação do texto da minirreforma eleitoral, aprovado na Câmara, que flexibiliza as regras de cota mínima para mulheres e negros.
Se as mudanças forem aprovadas pelo Senado, a cota de 30% de candidaturas femininas passa a ser contabilizada por federação e não mais por partido. Além disso, o dinheiro reservado para campanhas de mulheres poderá custear despesas comuns com outros candidatos, inclusive propaganda.
O texto, relatado por Rubens Pereira Jr (PT-MA), estabelece punições consideradas brandas, como não realização de atos de campanha, para o partido que fraudar as cotas de gênero.
Como mostrou o Bastidor, os partidos nanicos foram os derrotados da minirreforma eleitoral.
As ministras agora são esperadas pela bancada feminina, que busca uma reserva de 30% de vagas legislativas para as mulheres no texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Anistia.
O texto original, do deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), fala em 15% em 2024 e 20% a partir de 2026.
Deputados incluíram no texto uma regra que desobriga os partidos a lançar um patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres.