Nesse sábado, véspera de eleição, há pouco o que dizer no Rio. O debate de ontem entre os dois candidatos, Paes e Crivella, não trouxe novidade. Nem um sopro de ânimo, porque discutiu-se muito pouco a cidade real. A notícia do dia foi a prisão do hacker português que, articulado com brasileiros, invadiu o site do TSE. Foi uma operacão rápida e bem sucedida, considerando que era um hacker instalado no exterior.
De qualquer forma, a segurança digital do governo está um pouco abalada. O Ministério da Saúde já foi atacado, o Tribunal Regional e o STJ. Além disso, num outro nível, descobriu-se que a empresa suiça que vendida programas de criptografia para as Forças Armadas brasileiras era uma subsidiária da CIA.
É possivel imaginar que os programas fossem todos elaborados de forma que a CIA conhecesse todos os seus segredos. A Covid19 continua avançando. Ouvi hoje uma entrevista da pneumologista Margareth Dalcomo. Ela acha que é um desafio para outras disciplinas entender por que as pessoas se arriscam tanto, por que desafiam uma doença tão perigosa.
Poderia tecer mil hipóteses aqui. Mas sinto que as pessoas necessitam de viver o que consideram suas vidas normais. Querem contato, festas, celebrações.
A campanha de São Paulo foi atingida pela Covid19. Guilherme Boulos testou positivo na véspera do ultimo debate. Terá de se isolar os dois dias mais importantes dos últimos meses.
De todas as maneiras, vou me preparando para votar amanhã na hora dos idosos, a partir de 7h. Escrevi um texto para o Estadão dizendo que das 56 cidades com segundo turno, o Rio vivia uma situação especial: um processo de decadência que se aproxima do ponto de não retorno. Creio que Eduardo Paes deve vencer. Precisará de sabedoria para superar os erros do passado e humildade para canalizar a contribuição social. Vamos em frente.