No Brasil, o começo da vacinação está marcado para março. Não nos apressamos nos preparativos. Tenho a impressão de que São Paulo, caso seja aprovada a Coronavac, teria condições de iniciar um pouco mais cedo.
Cada vez mais fica evidente que o assalto de Criciúma foi planejado em São Paulo e que é uma repetição do que houve em Ourinhos, há seis meses.
O modelo é o mesmo que foi desenvolvido no Nordeste. Ocupar uma pequena cidade, sitiar a delegacia e a pequena unidade da PM e assaltar os bancos usando explosivos, se necessário.
Quando passei pelo Nordeste para documentar esse estilo, era chamado de Novo Cangaço.
No sul, é feito com melhor estrutura: armas pesadas, carros blindados, mas a tática permanece a mesma.
Houve uma tentativa no Pará esta noite, na cidade de Cametá. Menos gente envolvida, mas a mesma tática.
As policias locais deveriam reconhecer que são quadrilhas interestaduais e é preciso um tratamento mais amplo das investigações. Na verdade, pode ser até uma quadrilha internacional com ramificações no Paraguai.
Segundo o ex-ministro de segurança pública, Raul Jungmann, Bolsonaro facilitou a ação desses grpos criminosos, liberando a venda de armas e inibindo o rastreamento não só das armas mas também da munição.
É uma ilusão achar que uma pessoa armada vai enfrentar bandidos com bazuza em defesa do dinheiro dos bancos. No entanto, o lobby do armamento fez uma grande campanha, simulando supostos moradores do centro de Criciúma que lamentavam não ter armas.
Os únicos que apareceram estavam catando o dinheiro no chão e foram presos.
De vez em quando, é bom cair na real. O Flamengo perdeu. Uma tragédia.
O homem que o modernizava foi Jorge Jesus. A diretoria do clube é a cara dos políticos brasileiros: incompetente, aparelhando cargos vitais, como os do deparamento médico, com pessoas da familia.
Escrevi no ano passado que a ascensão do Flamengo demonstrava que era possível avançar com algo eficaz e de nível internacional no Brasil. Mas a eficácia se foi com Jesus. Ficou apenas a diretoria medíocre e reproduzimos o de sempre: um vôo da galinha.