Ele sabe que a vacina da Pfizer é um produto da medicina genética e trabalha com a técnica de RNA mensageiro, na verdade um envelope enviado às celulas, com uma capa de gordura.
A medicina genética já tem apresentado importantes resultados este ano e na resenha do New York Times há menção ao trabalho para devolver a visão ao cego. As possibilidades abertas pela vacina contra coronavírus podem ser importantes também para terapias genéticas contra doenças perigosas, como o câncer.
Muitos estadistas estão dispostos a tomar vacina em público, como Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush. A própria Rainha da Inglaterra está esperando na fila para tomar sua dose.
Ao comentar a fala de Bolsonaro lembrei hoje na tevê que o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, se vacinou numa cerimônia pública. Como o jornal das 10 só volta agora na segunda feira, assumi o compromisso de anunciar em edição extra se o vice-presidente dos EUA virar jacaré nesse fim de semana.
Essa história do Bolsonaro me lembrou um dos mitos populares do Brasil: a mula sem cabeça. Ela costumava aparecer nas noites sem lua. Escrevi alguns ensaios sobre os mitos populares no Brasil e um deles foi sobre a mula sem cabeça.
Interessante é que o mantive na gaveta, apesar de ser um texto que gosto muito. Nele desenvolvo uma hipótese de que a mula sem cabeça foi também um mito destinado a inibir o sexo nas sacristias. As moças que transavam com padres é que se tornavam mulas sem cabeça.
Essa é uma digressão de fim de semana. O medo de homem falar fino está presente em muitas outras pequenas crenças no Brasil. Qualquer dia me ocupo disso. Nesse fim de semana, estou muito feliz e não vou cuidar da cabeça de Bolsonaro.