Agora que foi contaminado, Bolsonaro continua negando. Deu uma entrevista bem próximo dos jornalistas, recuou alguns passos e retirou a máscara e ainda afirmou que o vírus é como uma chuva acaba caindo em todo mundo.
Bolsonaro não pensa nos outros. Em todo esse tempo em que recusou usar máscara, esteve sempre buscando o perigo. Já contaminado reuniu-se com parte do ministério, com um grupo de empresários e festejou a independência dos EUA na embaixada americana em Brasília.
Ele disse que tomou hidrocloroquina e vai defender o remédio , sobretudo se ficar curado rapidamente, sem grandes sintomas.
Seu veto à obrigatoriedade de máscaras em lojas, templos e presídios continua de pé. O próprio entorno de Bolsonaro deveria convencê-lo a desistir dessa idéia
O vírus fica no ar, conforme dizem os cientistas, e sobrevive com facilidade em lugares fechados.
Acho impossível conscientizar os bolsonaristas dessa realidade. O único caminho é utilizar a lei, salvá-la dos cortes que ele quer impor, usando falsos argumentos.
Mesmo se Bolsonaro passar apenas por sintomas leves não é o caso de subestimar a pandemia por causa disso. Outros foram obrigados a passar semanas no hospital, 65 mil morreram até agora no Brasil.
Os diplomatas, ministros, empresários, familiares, puxa sacos, enfim todos que, de alguma forma tiveram contato com o Bolsonaro deveriam utilizar o susto de terem sido contaminados para fazer as pazes com a realidade.
Creio que deveriam refletir sobre a expressão do autor de um livro sobre a gripe espanhola, definindo Bolsonaro: um idiota perigoso. Não é preciso compreender tudo, mas pelo menos tornar-se inofensivo já é um grande avanço.