Como será evento de campanha, Bolsonaro chegará na Inglaterra com a braguilha aberta, de um lado o Véio da Havan fantasiado de periquito (para sua campanha de senador por S. Catarina), de outro Micheque, fazendo ares de mulher bem comida. Mas fique tranquilo, brasileiro pensante. Não será o primeiro ridículo da oligarquia brasileira na Inglaterra. Nos anos 1950, Assis Chateaubriand, empresário de imprensa, comprou a peso de ouro um quadro de Winston Churchill (considerado pintor amador) e foi recebê-lo do autor, em Londres. No meio da cenografia, sacou da mala um jibão e um chapéu de jagunço, vestiu-os num surpreso Churchill, a quem obrigou a ajoelhar-se para receber nos outros três toques da peixeira que Chateaubriand também trazia.
Com o quadro na mão e a pretexto de documentar a entrega, Chateaubriand aprontou uma das palhaçadas que impunha e condecorou o ex-primeiro ministro inglês como cavaleiro da Ordem do Jagunço, criada por Chateaubriand macaqueando a comenda inglesa da Ordem da Jarreteira. Ficaria feio dar a Churchill o título de Sir (como em Sir Ney, de onde surgiu Sarney, o avô do ex-presidente, que assumiu o sobrenome de engenheiro inglês que construía ferrovia no Maranhão). Talvez tenha ficado no Nhô Winston. Portanto, Bolsonaro será apenas mais um caipira na corte de Saint James. Compare depois com a foto de Lula e Marisa com a rainha e o príncipe Philip.