Um genro, Cristiano Zanin, é impasse na escolha do próximo ministro do STF. O impasse surgiu de sua briga com o sogro, Roberto Teixeira, advogado e compadre de Lula. Genro é problema, assim tipo cunhado, variação do gênero. Genros são a solução da filha e o problema da família. Genro entra na herança e faz lambança. Tem genro que ganha sinecura vitalícia do sogro e depois dá uma banana pra mulher.
Genro é fogo; tive três e só um prestou, até prova em contrário. Genro é como o espião que os comunistas deixavam por décadas dormitando no país adversário, à espera do conflito decisivo. Não se sabe o que levou à briga entre Zanin e Teixeira, apenas que tem a ver com o escritório, do qual eram sócios. A filha de Teixeira apoiou o marido, no padrão ancestral das mulheres, que cultivam o mito da indispensabilidade do marido.
Quando presidente, José Sarney, que tinha genro esperto, dizia admirar Benito Mussolini. A quem se surpreendia, explicava: “Mussolini mandou fuzilar o genro”. Verdade, era o conde Galeazzo Ciano, seu ministro, que armou golpe para derrubar o sogro. De nada adiantaram choros de filha e netos, Ciano acabou fuzilado, sentado em cadeira diante do pelotão. O genro de Sarney reatou com a mulher. Cara esperto.