Há exatos 50 anos, no dia 11 de setembro de 1973, as Forças Armadas, lideradas pelo general Augusto Pinochet, deram um golpe de Estado que encerrou o governo democrático de Salvador Allende no Chile.
A Ditadura Militar chilena durou 17 anos. Durante esse período atroz ela encerrou os partidos políticos, dissolveu o Congresso Nacional, restringiu direitos civis e, de acordo com diversas Comissões da Verdade, vitimou 40.175 pessoas por meio de execuções políticas, presos desaparecidos e vítimas de prisão política e tortura.
No início do período da ditadura militar no Brasil, que durou entre 1964 e 1985, milhares de brasileiros se refugiaram no Chile. Ativistas, políticos, professores e artistas fugiram para o país vizinho na década de 60 e, principalmente, no início dos anos 70. Durante algum tempo eles desfrutaram de paz, liberdade e puderam continuar com suas vidas e sonhos.
Porém, após o golpe de 1973 passaram a ser considerados indesejados, foram perseguidos, presos, expulsos do país e até mortos pelo regime de Pinochet. Entre as vítimas estavam Jane Vanini, Luiz Carlos de Almeida, Nelson de Souza Khol, Túlio Quintiliano Cardoso e Wânio José de Mattos. Entre os exilados que viveram os horrores da ditadura chilena estava o professor Vitório Sorotiuk, hoje membro da diretoria do SINPES.
Hoje, o Sinpes vem a público manifestar solidariedade com as famílias das vítimas do sanguinário Pinochet. O sindicato publica essa nota para fazer coro às milhares de vozes femininas que abraçaram o La Moneda na noite de ontem com uma vela na mão e uma única palavra de ordem: Ditadura nunca mais!
Diretoria do Sinpes