Divórcio judeu

Ante-véspera do Ano Novo Judaico. Boris Sylberstein, patriarca judeu, morador de um Kibutz pertinho de Tel Aviv, visita um dos seus filhos na capital de Israel:
— Jacobzinho, odeio ter que estragar tua dia, mas babai brecisa dizer-te que a mamái e eu vamos separar-nos, depois de
45 anos!
Tá louca babai, o que você tá dizendo? Grita Jakob. Jerusalém inteira ouve…
Não conseguimos mais nem nos olhar uma ao outra. Vamos separar-nos e acabou-se o que era doce. Ligue bra teu irmã Rachel e conte bra ela. Apavorado, o rapaz liga para a irmã em Viena, que se desespera ao telefone:
De jeito nenhuma nossos pais irão separar-se! Chame babai ao telefone!
O ancião atende e a filha balbucia na maior emoção:
Não façam nada até nós chega aí amanhã, gombrende? Também chamarei Moishe em São Paulo, Shloimo em Buenos Aires e Esther no Nova Iorque e amanhã de noite, todas estaremos aí, ouviu bem babai? Bate o telefone, sem deixar o pai responder. O velho coloca o fone no gancho, vira-se para a mulher, sem que Jakob ouça, sussurrando:
Bronto Sarah, todos virão para a Ano Novo. Só que, desta vez, não bagaremos os bassagens!

(Enviada por Chico Nogueira)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Geral, Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.