Do baú

Sérgio Mercer, na foto dançando com Leila Pugnaloni,
na festa do seu 1º cinqüentenário. Jaime Lechinski, ansioso,
olha o relógio. Foto de Lina Faria.

E o nosso Barão voltou. Até que enfim. E volta atacando da Alemanha, Heimut Schmidt, de Rischbieter e de coisas de Santa Catarina. Começa pelo bar do Kim e dá um pulo na confeitaria Blumenau. Ali na São Francisco. Experimente.

Foi uma pena que o chanceler Helmuth Schmidt não tivesse vindo a Curitiba. Pena, porque se isso tivesse acontecido, ele certamente teria vindo acompanhado pelo ministro Karlos Rischbieter. Então, com a conivência da Dra. Fanchete, faria chegar até eles um bilhetinho contando que no n° 6609 da avenida Sete de Setembro, lá pelas bandas do Los Angeles, há uma ótima petiscaria chamada KIM. E que o forte da casa é um prato chamado GERAUCHTER FISCH, isto, peixe defumado, Em resumo, trata-se de um filé de anchova defumado, deste tamanho, por um processo que só a turma de Santa Catarina sabe e não conta. É de Camboriú que vem o acepipe.

Tenho certeza que Helmuth e Karlos iriam até lá num final de tarde e, após rápida indecisão entre a cervejota e o vinho branco (optariam pelo vinho branco), os dois se poriam a comer o tal peixe defumado. E tanto gostariam que após alguns cálices já teriam concordado em substituir o acordo atômico por uma orquestra sinfônica paranaense, que é o que estamos precisando. E que até poderia emprestar o Von Karajan para jogar no time da casa. Não deixariam de lado, também, algumas casquinhas de siri e bons bocados de bucho à milanesa, genial criação do Edmundo Stromberg, lá do Bar do Edmundo, no Bacacheri.

Se ficassem alguns dias, a gente também poderia se encontrar na Confeitaria Blumenau, na rua São Francisco, 43. Enquanto a nova Schaffer não vem, é uma das melhores pedidas da cidade para lanche. Tem um sanduíche de broa com salamito que é glorioso. A broa é de fabricação caseira e o salamito é de Blumenau mesmo. Há a indefectível coalhada, coisa boa de se manjar. O atendimento é simpático, feito por garçonetes, e tem o sistema de pagamento mais estranho que já vi. Seguinte: você é servido e recebe uma senha. De posse da senha você vai ao caixa e paga. Seria simples, se não houvesse fila para pagar. Essa eu não entendi. Enfim, vá lá uma tarde destas. Você vai gostar.

Barão de Tibagy (sem data)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Uma resposta a Do baú

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.